A sensação era que do nada a base que sempre acreditei ser sólida desmoronou debaixo dos meus pés. Como se agora eu estivesse caindo em um bruraco sem fim e ninguém podia me ouvir. Minha voz havia ficado presa na minha garganta e um gosto amargo de tentativas resultadas em fracasso predominou. Acreditava ser um pesadelo, mas não acordava, não conseguia abrir os olhos e poder respirar aliviadamente. Isso me corroía.
Em meio a tanta dor e sofrimento a única coisa que me vinha a mente era o meu desejo no topo da listinha, aquilo que pedia todos os dias e passava horas imaginando desde quando eu era uma garotinha ingênua, naquela época a qualquer momento se concretizaria, hoje parecia impossível. Parecia que a luz no fim do túnel estava se apagando e por mais que eu desse passos esforçados para alcança-la, mais longe eu me encontrava.
A culpa não era minha pela situação dramática que me encontrava, eu sabia que não. Sendo que por mais que soubesse o causador de tudo, eu só podia fazer uma coisa porque restava apenas esperar. Esperar cair em um chão do que continuar perdida naquele buraco sem fim.
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